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Arquipélago do Marajó

Arquipélago do Marajó é o maior arquipélago flúvio-marítimo do planeta. Localizado nos estados do Amapá e Pará, no Brasil, é formado por cerca de 2 500 ilhas. A principal ilha do arquipélago vem a ser a ilha do Marajó, com cerca de 42 mil km², considerada, face ao seu tamanho, como sendo a maior ilha costeira do Brasil, estendendo-se desde a foz do rio Amazonas, entre a Linha do Equador e o paralelo 1,55º de latitude sul e, no rumo E/W entre os meridianos 47º e 53º de longitude oeste, até o Oceano Atlântico. Os limites aquáticos e formadores do arquipélago são: o oceano Atlântico (norte); a baía do Marajó (leste); o complexo estuário do rio Pará (sul), e; o delta do Amazonas (oeste). Tem as seguintes características estruturais: Arquipélago formado por cerca de 2 500 ilhas e ilhotas periféricas espalhadas por todos os meandros insulares e flancos de contorno da Ilha de Marajó, sendo 46 ilhas de tamanhos grandes e médios, a saber: São 22 ilhas grandes e médias às proximidades do limite ocidental da ilha do Marajó: Ilha Grande do Gurupá, São Salvador, Urutaí, Caldeirão,Rasa,Cajari, Caju, Paracuuba, Porquinhos,Teles, Pará, Salvador, Porto de Moz-PA, Ururicaia, Comandaí, Mututi, Aranaí, Mutunquara,Carão,Limão, Maritapina e Roberta; São 23 ilhas grandes e médias, afora diversas ilhotas, nos limites a noroeste da ilha do Marajó: arquipélago do Jurupari, Pacas, Cará, Serraria, Panenã, Conceição, Morcesa, Porcos, Maracujá, Parauara, Baturité, Anajá e Charapucu, Bragança, Janaucu, Viçosa, Jurupari de Chaves, Caviana Setentrional, Caviana Meridional, Mexiana, Ganhoão, Machadinho e Camaleão; São 8 ilhas grandes e médias, sem contar muitas ilhotas, nos limites sul e orientais da ilha de Marajó:  Cajuuba, Carutá, Araras, Samanajós, Paquetá, Melgaço, Pracati e Grande do Pacajaí. São 28 municípios estuarinos continentais de periferia do delta do Amazonas, sendo que 23 somente na jurisdição estatal do Pará, incluindo aqueles 3 já citados, no limite ocidental da ilha de Marajó (Almeirim, Porto de Moz e Gurupá); 2 no estuário Anapu/Pacajás (Portel e Melgaço); e 16 situados à margem direita do rio Pará e baias de Guajará e Marajó: Almeirim, Gurupá, Porto de Moz, Melgaço, Portel, Bagre, Oeiras do Pará, Limoeiro do Ajuru, Abaetetuba, Barcarena, Belém, Ananindeua, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santo Antônio do Tauá, Colares, Vigia, São Caetano de Odivelas, Curuçá, Marapanim, Magalhães Barata, Maracanã e Muaná. Os municípios da jurisdição amapaense que compõem o arquipélago são 5, sendo eles: Macapá, Santana, Mazagão, Itaubal e Vitória do Jari.

Ilha do Marajó

A Ilha do Marajó (inicialmente chamada de Marinatambal) é uma ilha costeira do tipo fluviomarítima situada na Área de Proteção Ambiental do arquipélago do Marajó, no estado do Pará, na região norte do Brasil. Considerada a maior ilha fluviomarítima do planeta. Com uma área de 40.100 km², é a maior ilha costeira do Brasil e a maior ilha fluviomarítima do planeta (banhada ao mesmo tempo tanto por águas fluviais quanto por oceânicas), banhada pelo rio Amazonas a oeste e noroeste, pelo oceano Atlântico ao norte e nordeste, pela baía do Marajó a leste e sudeste e pelo complexo de canais distributários do rio Tocantins e do rio Pará a sul. O arquipélago possui 16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.  Etimologia Conforme Pe. Giovanni Gallo (1997:108): Marajó quer dizer (m-bará-yó) é o tirado do mar e também o tapa mar. Mbará pode variar em mará e pará. E assim temos Pará o mar. Batista Caetano vai mais longe nos diz que pará deriva de y-pá-rá: as águas colhe, o colecionador das águas. Marajó é dédalo de igarapés (igará-apé: caminho da canoa). Canoa é y-g-yara, dona da água, superior à água. Igapó (yg-apó) a água que invade. Clima O clima é quente e úmido, com temperatura média de 30 graus. Entre os meses de janeiro e maio, dois terços do território costuma ficar alagado pelas fortes chuvas. É banhada ao norte e leste pelo Oceano Atlântico e pelo rio Amazonas; e ao sul pelos rios Pará e Tocantins. A população da ilha é de 250.000 habitantes. Acredita-se que a Ilha de Marajó tenha sido explorada pelo navegador português Duarte Pacheco Pereira em 1498, antes mesmo da descoberta do Brasil. À época da colonização, a Ilha de Marajó era densamente habitada por povos indígenas, que possuíam uma rede de trocas de matérias-primas e bens valiosos, o que logo chamou a atenção de companhias de comércio holandesas, inglesas e francesas, que chegavam à nova terra buscando matérias-primas e especiarias. Havia um interesse muito grande em dominar aquela região, por sua localização de fácil acesso às riquezas da região amazônica.  Perto do final do século XVI, os portugueses, que se julgavam donos do território, começaram a se incomodar com a presença dos comerciantes holandeses, ingleses e franceses na Ilha. Em cooperação com os índios, principalmente os Tupinambás, os portugueses montaram uma ofensiva para expulsá-los. Em 1616, fundou-se a cidade de Belém, consolidando o domínio português na região.   Porém as boas relações com os indígenas começaram a declinar por conta das expedições portuguesas que escravizaram índios para trabalhos em lavouras e cidades. Acredita-se que cerca de 29 diferentes nações indígenas habitavam a Ilha. Esses povos, chamados genericamente de Nheengaíbas (em Tupi quer dizer "gente de fala incompreensível"), falavam várias línguas diferentes, localizavam-se na parte central da ilha e tinham, em cada aldeia, um chefe principal. No fim do século XVIII, os portugueses já haviam removido praticamente toda a população indígena da área, seja por conflitos, seja pela sua transferência para outras localidades. Somente na metade do século XIX é que a riqueza arqueológica oriunda dos povos indígenas da região começou a ser descoberta.             Estima-se que os primeiros habitantes da Ilha tenham vivido há 5.000 anos, mas a maior parte de seus restos habitacionais foi destruída. Os vasos e objetos de cerâmica encontrados na região, tão belos e valorizados, são considerados um símbolo do estado do Pará, por representarem a cultura nativa da região. Alguns desses objetos datam de 400 a 1350 de nossa era. Infelizmente boa parte das preciosas cerâmicas marajoaras encontra-se hoje em coleções particulares e museus na Europa, Estados Unidos e Brasil. O maior acervo brasileiro de peças de cerâmica marajoara está hoje no Museu Paraense Emílio Goeldi e no Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari.  As duas cidades mais populares do arquipélago são Soure e Salvaterra por serem municipios turísticos, com atrações típicas como o festival de quadrilhas e de boi-bumbá. A Festa de Nossa Senhora de Nazaré, que acontece em Soure, no mês de novembro, envolve toda a população da cidade. A Ilha de Marajó se destaca, entre outras coisas, por ter o maior rebanho de búfalos do país e um dos primeiros do mundo, com cerca de 700 mil cabeças. A grande quantidade de rios, igarapés e campos alagados foi fator fundamental para o sucesso da criação dessa espécie de gado originária de países banhados pelo mar Mediterrâneo. A carne e o leite desses animais fazem parte das iguarias da culinária local. Além da criação de búfalos, a economia da ilha também é formada pela pesca, extração de madeira, açaí e borracha, e de um ainda pouco explorado ecoturismo. Fonte: Júlia Morim (Consultora Fundaj/Unesco) e www.wikipedia.org/

Municípios Marajoaras

Afuá

Afuá

Breves

Breves

Curralinho

Curralinho

Muaná

Muaná

Salvaterra

Salvaterra

São Sebastião da Boa Vista

São Sebastião da Boa Vista

Anajás

Anajás

Cachoeira do Ararí

Cachoeira do Ararí

Gurupá

Gurupá

Ponta de Pedras

Ponta de Pedras

Santa Cruz do Arari

Santa Cruz do Arari

Bagre

Bagre

Chaves

Chaves

Melgaço

Melgaço

Portel

Portel

Soure

Soure

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